sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

00:50, 1.1.1999

Ano novo suicida,
a morte continua minha amiga
a vontade em mim suscita,
uma nova partida.

Já não sou a mesma pessoa,
os versos não são de amor,
são versos sim de dor,
e nem que a morte não doa,
sofrerei como toda a gente
e desapareço desta vida tristemente.

Não percebo tanto sentimento,
nem um passado que não aguento.
Enquanto vivem dias de festa,
interrogo-me que vida é esta.

Viverei até que me leve a morte
A conclusão de tudo isto não é uma sorte
Mas sim só mais uma vida perdida
Em tão amarga e solitária vida.

Esta é a noite da minha perdição,
encontro-me de novo na estrada,
deitado no quente alcatrão,
pensativo,
quando na cabeça não tenho nada,
e nada tenho no coração.

Mas melhores dias virão
como se fosse um perdão
ou uma premonição…

Em directo do fim do mundo
João Santos aka CaptainLenovo

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